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Mário Joaquim de Sousa Santos nasceu em Lisboa em 1914.Tendo ficado orfão desde tenra idade, a sua educação foi confiada, até à adolescência, a um colégio de relegiosas irlandesas que exercia a sua actividade na capital do País. Admitido no Conservatório Nacional veio a concluir, com elevadas classificações. os cursos superiores de Piano e Composição, tendo sido aluno dos professores Costa Reis, Wenceslau Pinto e Luís de Freitas Branco. Frequentou ainda o curso de Órgão, sob a direcção de Édouard Chambon. |
Terminados os seus estudos musicais, em 1940, foi convidado para professor do Instituto de Música de Coimbra, mais tarde denominado Conservatório Regional, onde leccionou Piano, Composição e Solfejo até 1983, ano do seu falecimento, ocorrido no dia 12 de Junho.
Em 1953, por concurso, foi nomeado professor de Canto Coral do ex-Liceu Normal de D. João III, em Coimbra.
Ainda em 1953 parte para paris, beneficiando de uma bolsa de estudos concedida até 1954 pelo Instituto de Alta Cultura.
Na capital francesa teve oportunidade de aprofundar os seus conhecimentos de Composição com mestres renomados como Jean Françaix e Nöel-Gallon.
Ao longo da sua permanência em Coimbra foi notória a sua actividade de pedagogo, pianista, compositor e organista.
No ex-Liceu Normal de D. João III ficaram na memória os autos-natalícios e outras récitas levadas a efeito pelos seus alunos.
Praticamente todo o trabalho de encenação, textos, cenários, guarda-roupa, música e acompanhamento musical, era da sua autoria.
Durante 20 anos foi organista da Capela da Universidade de Coimbra.
Nesta cidade, deu sempre a melhor colaboração, durante várias décadas, como organista, compositor ou director orfeónico, aos mais significativos actos litúrgicos das Igrejas de Santa Cruz, S. Bartolomeu, S. Tiago e Santa Clara, bem como aos coros universitários e ao Teatro de Estudantes da Universidade de Coimbra.
É autor de numerosas composições religiosas e de carácter profano, com destaque para os ciclos de canções, coros para vozes iguais e mistas, obras para Piano (uma delas editada pela Fundação Calouste Gulbenkian), e uma Missa a três vozes, em Português, com acompanhamento de órgão.
(notas do livro"MÁRIO DE SOUSA SANTOS- COMPOSIÇÕES CORAIS",SEC,1995)