Após a sua ordenação sacerdotal foi nomeado professor de Música no seminário de Filosofia, frequentando, no conservatório da cidade, além de outros, os cursos de composição do Prof. Filipe Pires e de Solfejo, de Costa Santos. Em 1963 segue para Roma, a expensas próprias, conseguindo nesse mesmo ano uma bolsa de estudos de Estado Italiano e logo a seguir (1964), até ao final do curso (1969), da Fundação Calouste Gulbenkian. Obtém as licenciaturas em Canto Gregoriano e Composição, e o Curso Complementar de Órgão pelo Pontifício Instituto de Música Sacra de Roma. Em 1965 é premiado aí (com uma viagem de estudo à Alemanha) pelas suas composições - várias para órgão, Piano e Violino, um Piano e dois Pianos e Coro, etc.- executadas, em concerto, no mesmo Instituto. Possui ainda o Curso de Direcção e Interpretação Polifónica do Conservatório de Santa Cecilia de Roma. No seu tempo de estudante é também organista numa paróquia da cidade, fundando aí um Coro de Crianças que soleniza sempre uma das missas dominicais. Lecciona ainda no Collégio S. Pietro do Vaticano. Regressando a Portugal exerce a sua actividade no Seminário Conciliar de Braga e a seguir no Colégio Arquidiocesano de Cabeceiras de Basto bem como em várias Escolas do Estado e também na Escola Superior de Educação de Fafe. Orienta, nessa época, vários estágios de professores de Educação Musical. Funda na sua terra, em sintonia com a Banda Musical da mesma e com o referido Colégio, o Grupo Coral-Instrumental de S. Miguel, o qual vem dar inúmeros Concertos em todo o norte de Portugal e Galiza. Foi-lhe atribuída recentemente a medalha de ouro de mérito concelhio. É membro da Comissão Arquidiocesana de Música Sacra de Braga e da Direcção da Nova Revista de Música Sacra da mesma cidade. É colaborador permanente desta revista, tendo aí publicadas numerosas composições de sua autoria. Com o falecimento do grande Mestre Manuel Faria, em 1983 é chamado a leccionar História da Música na Faculdade de Teologia de Braga (Universidade Católica) e Composição, Piano e Órgão no Seminário. Na mesma altura é escolhido, entre os vários discípulos de Manuel Faria, para "completar" parte da sua obra:
A sua estreia, em versão orquestral deu-se em Abril de 1984, em Braga com a Orquestra Sinfónica do Porto e o Coro da Sé Catedral da mesma cidade sob direcção de Gunter Arglebe. Uma referência também para a Missa em Honra de Nossa Senhora do Sameiro (composta para uma e duas vozes e Órgão) apresentada agora na versão de J. Santos para Coro a 4 vozes Mistas e Orquestra de Sopros. A sua produção é abundante e variada, tocando os vários sectores da arte musical desde a recolha e harmonia de várias canções populares, canções didácticas para piano e/ou instrumentarium Orff, composições para Banda, Coro e Banda, Música de Câmara (para os mais variados complexos instrumentais) até à música Sinfónica ou Coral-Sinfónica. Destacam-se cinco Cantatas para Solistas, Coro e Orquestra, Três Missas e Te Deum para Coro e Órgão, dois Te Deum (um com Orquestra e outro com instrumentos de Sopro); dois Stabat Mater (um para Barítono Solista, Coro e Orquestra - estreada em Maio de 2001 em Fátima - e outro com Instrumentos de Sopro); Laudate Dominum - estreado em Fátima ; Tantum Ergo e Domus Domini (Coro e Orquestra) e várias outras obras que não cabem nestas linhas. Um destaque especial para as suas últimas criações: Roma Eterna - Sinfonia para Orquestra e Passio et Mors D.N.J.C. Secundum Lucam para 5 Solistas, Coro e Orquestra, cuja dedicatória, para conhecimento dos interessados, aqui fica registada:
As suas obras, para além de executadas em Portugal, têm-no sido especialmente no estrangeiro. Só em Roma, desde Junho de 2000, já são seis concertos de composições suas com a edição discográfica das mesmas. A Checoslováquia, Alemanha e Espanha têm sido também palco de várias execuções de composições para Órgão, Coro e Órgão e ultimamente para Órgão e Marimba. Em breve aparecerão novas obras de música de câmara, uma das quais recentemente encomendada em Itália, e também um Magnificat para Soprano e Barítono Solistas e Órgão, com a respectiva versão orquestral. É membro honorário da Associação Portuguesa Amigos do Órgão (APAO) desde 21nov93, em cerimónia na Sé Catedral de Braga, durante o II Congresso APAO. Faleceu a 24 de Junho 2008 ficando sepultado em Cavez (Cabeceiras de Basto), onde residia.
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