APAO António Ferreira Santos


 

O Padre Ferreira dos Santos depois de terminados os seus estudos teológicos no Seminário Maior do Porto e de ter frequentado o Conservatório de Musica do Porto, foi, para a Escola Superior de Munique, em 1962, onde permaneceu até 1970, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e fez vários Cursos de Música, entre os quais o de Órgão.

Regressado a Portugal, em 1970, arrancou, com uma equipa por ele formada, com uma série de iniciativas e com a criação de várias infra-estruturas capazes de gerar vida musical na cidade. Delas se destacam o Coro da Sé Catedral do Porto  que esteve na fundação de outros Coros, na implantação do Grande Órgão de Tubos da Sé Catedral do Porto, que originou não só implantações de outros órgãos de tubos noutras igrejas, como o movimento pró órgão, que tem originado um grande numero de restauro de órgãos históricos, as séries de concertos de Natal a da Páscoa, ininterruptos desde 1988 até hoje. A iniciativa inédita dos Concertos de S. João, na praça da Liberdade, a criação do Coro de Câmara do Porto a da Orquestra de Metais do Porto, etc. estão na memória de muitos.

A sua actividade de Maestro (dirigiu centenas de concertos em todo o País e em Espanha, alguns em directo pela televisão), junta a de compositor para a liturgia (mais de 2.000 obras) a de 10 obras corais sinfónicas de grande dimensão, de que sobressai o Requiem à Memória do Infante D. Henrique (Obra encomendada pelo Governo Português) e a de conferencista em Congressos em Portugal a no estrangeiro.

É membro fundador (e já foi presidente) da Conferência Europeia das Organizações de Música Sacra (fundada em Estrasburgo em 1985 e que congrega, hoje 19 países europeus), é Presidente da Comissão Nacional de Música Sacra, Presidente da Comissão Nacional para a recuperação dos órgãos históricos portugueses (IPPAR), Presidente do Secretariado de Liturgia da Diocese do Porto, Reitor da Igreja da Lapa, Professor do Seminário Maior a foi fundador da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa, que dirigiu, durante seis anos. Criou em 2001 a Plurifonia 2001, Instituição Musical cujos objectivos são a organização de concertos e a intervenção pedagógica, na área da Música, nas Universidades, Estabelecimentos de Ensino Musical a no grande público.

É condecorado pela Grande Cruz de Mérito Cultural da Alemanha, Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, foi distinguido pela Medalha de Ouro da Cidade do Porto, a pela de Mérito Cultural da cidade de Santo Tirso e é, desde o ano 2000, sócio da Academia Nacional de Belas Artes.

(nov 2003 )

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