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ANÇÃ - INAUGURAÇÃO DO ÓRGÃO DE TUBOS

13 DEZEMBRO 2003    

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O Dr. Tiago Miranda dirigiu  o Coro da Igreja Matriz de Ançã, enquanto o pároco chegava junto do órgão para a benção do mesmo.

 

D. Albino Cleto ladeado pelo Pároco e Padre Pedro Miranda benzeu o novo órgão

 

Um dos momentos em que Dr. Tiago Miranda dirigia  o Coro da Igreja Matriz de Ançã

 

Paulo Bernardino foi o organista litúrgico, sob a direcção de Tiago Miranda

 

Carlota Miranda e Margarida Miranda executaram Excerto de Responsório da Imaculada Conceição, de Carlos Seixas, acompanhadas ao órgão

 

Giampaolo di Rosa e Caroline di Rosa interpretando a Sonata BWV1032 de J.S.Bach

 

No final, os músicos desceram junto da assembleia, sendo entusiasticamente aplaudidos. Na foto, o momento em que D. Albino Cleto saúda Giampaolo di Rosa e Caroline di Rosa, ladeado pelas personalidades municipais.

 

Ançã é uma vila do Concelho de Cantanhede, vizinha da cidade de Coimbra, e agora bem perto, graças à nova auto estrada que se dirige à Figueira da Foz.

Há muito que a exigência litúrgica fazia antever a necessidade de um órgão de tubos. É ali que vive a família Miranda, que forma o grupo coral Ançãble, que vemos progredir, graças à exigência que colocam no seu repertório vocal, e graças à qualidade dos seus membros, curiosamente todos da mesma família.

E uma vez que a consciência do valor da música na liturgia é aqui tida em conta, tornou-se mais fácil a sensibilização para a necessidade da obtenção dum órgão de tubos.

Sabemos que não é fácil, para uma pequena freguesia, adquirir um instrumento a "sério". Além disso, a concorrência com os instrumentos electrónicos é deveras preocupante. É preciso mesmo ter plena consciência e conhecimento das diferenças abismais entre um órgão de tubos e um órgão electrónico, que não iremos aqui descrever.

Ançã está hoje de parabéns.

A obtenção do órgão de tubos foi levada a cabo com as dificuldades de quem tem que gerir e distribuir as verbas paroquiais da melhor forma.

No entanto, e porque se tratava duma oportunidade de adquirir por bom preço este instrumento, a freguesia decidiu-se.

Depois de transportado da Alemanha, foi montado e afinado, no Coro alto.

O dia 13 de Dezembro foi o dia marcado para a inauguração.

As explicações sobre o órgão a todas as crianças da catequese e outras pessoas interessadas coube ao organista Padre Jorge Alves Barbosa.

O Senhor Bispo de Coimbra, D. Albino Cleto esteve presente à cerimónia de inauguração, celebrando a missa as 20:30, na qual se deu a benção do órgão. O Organista Paulo Bernardino e Isaías Hipólito acompanharam os cantos litúrgicos.

Seguiu-se o concerto extremamente variado, para que se pudesse dar a conhecer as possibilidades do órgão.

O valor artístico dos músicos presentes - Giampaolo di Rosa, organista e Caroline di Rosa, flautista, aos quais se associaram os músicos da terra, trompetistas Cláudio Baptista e Patrícia João e cantores Margarida e Carlota Miranda fizeram desta inauguração um ponto importante para a cultura da vila de Ançã.

Está de parabéns a paróquia de Ançã, na pessoa do seu pároco, padre Manuel de Jesus, e do Conselho Económico Paroquial e Coro da Igreja, que organizaram.

O pároco procurou pedir a ajuda de todos para que rapidamente se possa pagar o instrumento , agradecendo àqueles que já manifestaram o seu apoio, nomeadamente, a Câmara Municipal de Cantanhede, Junta de Frequesia de Ançã e Inatel (deleg. reg. de Coimbra), entre muitos outros.

A APAO regozija-se por mais esta obra que irá aumentar a cultura e a consciencialização para o valor do órgão de tubos na liturgia, esperando que sirva de exemplo para outras freguesias, que, muitas vezes, desperdiçam dinheiro em instrumentos electrónicos, quase sempre comprados por pessoas que não conhecem o que é o órgão, nem são organistas.

Devemos reflectir aqui um pouco sobre este problema. Será que algum pianista a sério comprará para os seus concertos um piano electrónico, ou um guitarrista uma guitarra eléctrica ou um clarinetista um clarinete eléctrico?

Então, caros amigos? Porquê não apostar seriamente na verdadeira cultura, deixando o mundo da fantasia electrónica, que, além de custar quantias relativamente grandes, em pouco tempo sofre uma enorme desvalorização, e provoca, mais tarde ou mais cedo um vazio interior, que só o não reconhece quem... está mesmo vazio?

Aproveito a oportunidade para desejar a todos Boas Festas de Natal e Ano Novo.

António Simões, 15Dez2003

 

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